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o fim dos doze centimetros

falo do já defunto suporte de dados digitais, inicialmente o cd, depois o dvd e mais recentemente o blu-ray.

todos estes suportes foram tornados obsoletos por essa coisa horrível que se chama internet.

quem é que nos dias de hoje compra um cd de música, com doze faixas em que só se aproveitam duas, e isto numa banda conhecida, porque nas outras só costuma ser uma.

contra está o preço exorbitante e todo o esforço que é feito para nos impedirem de ouvir a música que comprámos em todos os locais e dispositivos que quisermos.

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no meu caso, que tenho todos os albums de estudio dos [Massive Attack|http://massiveattack.com/|en], e em que o último já não consegui ouvir dado o formato [proprietário|http://en.wikipedia.org/wiki/Super_Audio_CD|en] que a editora usou, já não planeio comprar o novo Heligoland.

não é que tenha deixado de gostar dos Massive, mas apenas porque deixei de acreditar que as bandas ganham dinheiro com a venda de cd, dvd e afins. onde as bandas ganham mesmo dinheiro é com os concertos ao vivo, e se a próxima visita deles cá ocorrer numa data que eu possa ir, pois terei todo o gosto em pagar.

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a musica pode e deve ser ouvida em formato digital, e em qualquer suporte que nos convenha, seja ele leitor portatil, no carro, no telemovel, no computador, na televisão, em fim, em todo o lado, sem restrições estúpidas e obsoletas.

como analogia dou-vos o livro, eu posso comprar, ler emprestar, vender oferecer, sem que para tal eu esteja restrito por nada realmente relevante (posso sempre fotocopiar o livro, mas não é nada prático).

se o escritor assim quiser, esse mesmo livro pode estar disponível de forma gratuita na Internet, como é o caso de todos os livros escritos pelo [Cory Doctorow|http://craphound.com|en], dos quais já li o Little Brother em formato digital, tendo depois comprado o livro.

por que raio é que a (pseudo) indústria discográfica (termo deverasmente arcaico) nos tenta impingir porcaria? expliquem-me!

quando aos filmes em dvd e blu-ray, enfim, há sempre mercado, mas terá que haver forma de os comprarmos em formato digital (melhor qualidade) e de os conseguirmos ver em todos os dispositivos que nos apeteça, SEM RESTRIÇÕES.

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sinto que discordarão de mim, mas esta é a minha muito modesta opinião.