naquele dia
decidiu que já tinha trabalhado o suficiente, desligou o computador, disse um lacónico “até amanhã” aos colegas e saiu. em vez de usar o elevador, resolveu ir pelas escadas até à porta de saída, caminhou pelo parqueamento até onde tinha o carro estacionado. entrou no carro e suspirou “que dia!”. saiu do parque e conduziu sem rumo, pela estrada velha, pelo meio das povoações. a inquietude começou a assola-lo pois havia algo de muito errado com tudo o que se passava à sua volta. num dos cruzamentos, reconheceu a outra estrada, com muito mais movimento e escolheu a direcção que o levava a casa. em vez de ir depressa, foi andando devagar e, muito estranhamente, viu algo que lhe chamou a atenção, um prado verdejante. parou o carro e saiu. “que estranho, não me tinha apercebido que aqui havia uma coisa tão bonita como este campo verde”. foi então que percebeu…
naquele dia quando saíu do emprego, o sol ainda brilhava no céu