o livro da cara
já ando com esta ideia na cabeça para vos falar (escrever) há algum tempo, e acabou por ser agora, a ‘festejar’ a migração do blog para o novo host.
falo claro está do Facebook, aquela rede social tão na moda por todo o lado.
__dissertação inicial__
tal como tantos outros sites sociais, este começou por ser mais um entre muitos.
mas depressa começou a angariar participantes, muito por culpa dos jogos que se tornaram bastante populares e com a passagem do testemunho, mais e mais pessoas lá foram aderindo, sem que tivessem bem a noção do que rodeia o serviço.
__mas afinal o que é que o facebook tem de novo?__
muito pouco ou nada.
não tem a conotação de [site de engate|http://hi5.com|en], não pretende [promover música|http://myspace.com|en], é algo parecido com todos os outros (felizmente americanos) de reunião pós-liceu.
mas o developer principal do site, [Mark Zuckerberg|http://en.wikipedia.org/wiki/Mark_Zuckerberg|en], teve a ideia de criar a [Facebook Platform|http://developers.facebook.com|en], que permite que os programadores possam criar aplicações dentro da plataforma.
as API que estão disponíveis, permitem que o programador aceda a dados de cada um para, supostamente fazer funcionar a aplicação.
__coisas realmente boas__
voltar a encontrar amigos e antigos colegas de trabalho.
retomar contacto com outras pessoas que conhecemos de ‘milhentos’ sitios.
__coisas do piorio__
o atrofio constante que é a notificação de todo o lixo gerado por quem usa as aplicações e/ou jogos, é do género, “Luis encontrou uma cabra perdida na sua quinta e procura o dono”.
claro que estas notificações só têm como intuito, atrair mais pessoas para o jogo ou aplicação.
__problemas de privacidade__
porque é que eu estou contra estas aplicações todas?
é simples de explicar, porque é que uma aplicação precisa de aceder á minha lista de amigos, ás minhas fotos, aos mes dados inclusivamente, se tudo o que eu quero desta aplicação é usar uma funcionalidade de gestão de aniversários…
a razão escondida é possibilitar o [data mining|http://en.wikipedia.org/wiki/Data_mining|en], em Português, recolha e processamento de dados.
dados estes que ajudam a criar perfis de utilização, de preferências e de gostos. estes perfis são depois vendidos a empresas que promovem acções pseudo promocionais e que podem ou não chatear no futuro com publicidade direccionada ao gosto do potencial comprador.
é este o paraíso de qualquer vendedor, encontrar um produto que o cliente queira mesmo comprar.
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claro que o pior mesmo têm sido as constantes alterações das políticas de privacidade, (leiam por exemplo este [artigo do NYT|http://www.nytimes.com/interactive/2010/05/12/business/facebook-privacy.html|en], exactamente sobre este assunto)
os nossos dados, que pensavamos serem realmente pessoais, passaram com o tempo a ficar visíveis para mais e mais pessoas, caso não fossemos observando e lendo com atenção às alterações.
como exercício de estilo, sugiro que visitem [este site|http://www.reclaimprivacy.org/|en], digam-me depois o resultado do mesmo 🙂
__conclusão__
usem, mas tenham cuidado com o que lá colocam e dizem.
especial atenção ás fotos dos miudos e nos anúncios que fazem quando vão de férias, digam antes que voltaram das férias. ah, e também ter cuidado com as fotos em bikini.
que sirva de aviso,
abraços!