religiões
aproveito o último dia do mês para apresentar mais uma reflexão.
começo-a sem ter uma ideia definida da totalidade do texto que vos proponho a ler.
há algumas semanas atrás acabei de ler com satisfação o livro mais recente do José Rodrigues dos Santos, [Fúria Divina|http://bit.ly/c6WDHT|pt]. achei fascinante a forma de como o autor descreve detalhadamente muitos dos ensinamentos do Corão.
de facto além de uma história bem contada, finalmente percebo a motivação e as razões que governam toda a cultura muçulmana.
e fico particularmente chocado por perceber que solução para o adultério é a lapidação, que as mulheres na entrada da puberdade têem que passar a sair à rua vestidas de cabeça aos pés.
mas a realidade é que todas estas “restrições” ou “ensinamentos” estão escritos no Corão.
apresentei a cultura muçulmana como um dos exemplos dos erros da nossa civilização ao longo dos anos, na realidade desde o inicio dos tempos.
o problema da grande maioria das religiões está na intrepretação dos documentos antigos, sempre sujeita aos caprichos de quem governa.
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alguns exemplos das coisas boas dos documentos históricos, sabem qual a razão porque os fiéis devem lavar as mãos e pés antes de entrar no templo? e porque razão também é proibida a ingestão de carne de porco?
para compreender temos que recuar mil e quatrocentos anos no passado e compreender que as condições de vida no médio oriente* não eram as melhores. ao obrigar os fiéis a uma higiene cuidadosa, pelo menos uma vez por dia, o profeta conseguia assim minorar os problemas causados pela falta de higiene.
quanto ao porco, todos sabemos que a carne necessita de ser bem cozinhada e devemos ter um cuidado redobrado na sua confecção.
penso que naquela altura deveria ser mais fácil proibir o consumo do que garantir que as condições melhorassem.
(* e não só, nesta altura na Europa a nossa civilização era muito,mas mesmo muito porca e suja )
mas infelizmente são sempre apresentados e realçados todos os aspectos negativos de qualquer tipo de religião, que não seja a de quem está a apresentar a questão.
dizer mal de “outras” religiões é facil, demasiado fácil. eu por exemplo, que estou entre os ateus e os agnósticos, posso facilmente dizer bem ou mal de todo o tipo de religiões que eu queira. mas escolho não o fazer, limito-me a comentar.
uma das mais aceites é a católica (de qualquer tipo de forma), mas esquecemos toda a idade média (the Dark Ages), com a infiltração da igreja nos assuntos de estado, com a perseguição doentia por ‘evangelizar’ outros ideais e apesar de tudo pela estupidez sarcástica da inquisição. destas coisas é que a igreja não se orgulha, nem destas nem de todas as missões feitas por Africa fora, em que a verdadeira missão era acabar com os rituais pagãos e não de ajudar as populações locais.
infelizmente pouco conheço as religiões orientais, tais como o budismo, mas do que eu entendo são religiões que toleram a presença de outras e sem que as mesmas sejam motivo de qualquer tipo de ameaça.
o que me leva de volta ao inicio e à “jihad”, a guerra santa.
sei agora que o Corão diz que todo o muçulmano deve lutar até à morte contra todos os que não partilham da mesma fé. mas esta é uma das inúmeras interpretações dos textos originais.
o passado guarda na memória todas as confrontações, todo o ódio e toda a guerra gerados à volta de Jerusalém.
que o passado seja uma janela de como queremos que o futuro seja e que não digam que existe uma religião melhor do que outra, pois para mim todas são iguais e a grande maioria só quer uma coisa, poder.