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passeio simples

ontem, após um dia de trabalho, decidi tomar o caminho mais longo entre onde eu estava e o meu destino.

tinha tempo, é certo, mas resolvi apreciar o passeio e poupar o ambiente. lancei-me a caminho junto ao mar, pela famosa Estrada Marginal.

à minha volta, os alucinados passavam por mim, como se eu estivesse parado, não lhes liguei, eles continuavam alegremente a parar nos sinais-radar de controlo de velocidade e eu nem abrandava. enfim, por um par de vezes tive mesmo que parar.

tudo louco, tudo parvo, tudo a correr nem sei bem para onde.

entrei na dita em Paço D’arcos, com calma e fui apreciando o mar. com cuidado e sem distracções, ia tomando atenção à estrada e à vista marítima, uma de cada vez.

não resisti a parar na junto à praia de Carcavelos, onde fiquei uns minutos a apreciar os surfistas e demais utilizadores da praia.

uma temperatura razoável, dezanove graus, convidava a estar fora e não dentro de quatro paredes.

voltei à estrada, rumo ao meu destino

na volta, e apesar de já passar das oito da noite, resolvi voltar pelo mesmo caminho.

o transito mais calmo, sem sinais da loucura anterior, fez com que apreciasse ainda mais a volta.

estranhamente e apesar da hora já tardia, em fim de telejornal, estavam uns maduros a “jogar à bola” no campo iluminado da praia de Carcavelos.

a maré baixa e a iluminação artificial, conferia à praia um ar místico, surreal, talvez um pouco de filme de suspense, mas estranhamente agradável e apelativo. não fossem os arrepiantes quinze graus, bem que iria visitar o areal.

mas a fome obrigou-me a seguir, para casa, esse reduto acolhedor.

resta a memória de um agradável lugar, entre o fim do dia e o principio da noite