ser estúpido …
… é apenas triste, nada de mais.
tenho mesmo muita pena de quem tem a (in)felicidade de ser bronco, estúpido, camelo, idiota, pacóvio e lambe-botas (já estão a ver onde é que isto vai dar)
quando falei do tema da virtualização aqui hà uns dias, lembrei-me que podia também falar do brilhante conceito que é o out-sourcing. claro que sendo eu, não uso o termo de animo leve, uso-o na sua forma mais literal de ‘responsabilizar outros’, ficando com os louros apenas se a coisa correr bem.
o que normalmente se faz é agarrar num grupo de key-(l)users, definir uma estratégia, nomear um bode espiatório (chefe de projecto) e fazer o célebre caderno de encargos. depois abre-se um concurso público e espera-se resultados. normalmente ganha quem apresentar o preço mais baixo, o que não é de espantar.
agora sugiro um exercicio de estilo, esqueçam a ‘regra’ normal e vejam a coisa por outro lado, façam antes out-sourcing do chefe! vejamos as vantagens:
# a coisa tem uma duração pré-estabelecida
# tem um plano de principio, meio e fim
# se correr mal, a culpa é do out-sourcer
# tem uma ‘morte’ anunciada (acho que referi esta duas vezes)
# no proximo projecto há fortes possíbilidades de ser colocado outro ‘cromo’
vou referir ainda outras vantagens menos óbvias: o conhecimento das coisas está com quem as faz (in-house), o preço final fica mais barato, pois mesmo sendo chefe, é só um em vez de uma tonelada de robots para coçar a micose durante 3 meses e fazer o trabalho todo no último mês antes da entrega acordada, menos trabalho para as equipas que criam as contas de login e email, menos espaço ocupado nos file-servers com MP3, apenas um lugar na garagem (que nem sequer deveria existir para essa corja)
e depois acabava-se de uma vez por todas com as guerrinhas de poder, com os poleiros e com a estupidez que grassa na nossa classe pseudo-dirigente
e por esta e muitas outras razões é que ++ser estúpido++ não é uma arte como muitos pensam, é apenas triste… mesmo!